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Armando Guebuza defende Fundo Bibliográfico e maior acesso ao livro em Moçambique

In Defesa da Língua Portuguesa,Língua Portuguesa Internacional,O Mundo de Língua Portuguesa on 27 de Dezembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , , ,

Da Agência Lusa e da AIM – Agência de Informação de Moçambique

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Em 22 de dezembro de 2014, o presidente da República de Moçambique, Armado Guebuza, esteve presente à tomada de posse do novo presidente e do novo vice-presidente do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa (FBLP) de Moçambique, Nataniel Ngomane e Gilberto Matusse, respectivamente.

O governante considerou que é necessário criar formas para garantir maior acesso ao livro no país, e recordou que a leitura é um “instrumento de transmissão do conhecimento”.

“O livro deve ocupar setor de destaque no vosso imaginário, procurando, deste modo, formas de garantir seu acesso a um crescente número de cidadãos e assegurar a sua permanente valorização como mecanismo de transmissão de conhecimento”, disse Armando Guebuza.

O chefe de Estado moçambicano defendeu a colaboração entre as instituições responsáveis pela educação e cultura, como forma de assegurar resultados na disseminação do gosto pela leitura entre os moçambicanos.

Nataniel Ngomane era diretor da Escola de Comunicação e Artes, da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, e foi nomeado para o cargo de presidente do FBLP pelo presidente Armando Guebuza, após este ter exonerado Lourenço do Rosário do cargo de comando da instituição.

O FBLP foi criado em 1988 em Moçambique para a promoção, o ensino e a divulgação de obras literárias em Língua Portuguesa e para o incentivo à leitura. O órgão inicialmente envolveu apenas Portugal e Moçambique, mas tornou-se, dois anos mais tarde, uma instituição focada em todos os PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).  :::

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–– Extraído da Agência Lusa e da AIM – Agência de Informação de Moçambique ––

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Exposição sobre Agustina Bessa-Luís no Museu da Língua Portuguesa de São Paulo

In Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 17 de Dezembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , ,

Do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua
16 de dezembro de 2014

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O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, acolhe, de 16 de dezembro de 2014 a 1 de março de 2015, a exposição Agustina Bessa-Luís, Vida e Obra, concebida pela escritora Inês Pedrosa e pelo realizador de cinema João Botelho.

Para o diretor do Museu, Antonio Carlos de Moraes Sartini, esta é “uma bela oportunidade de aproximar os brasileiros das obras desta importante autora de nosso idioma, mas que ainda não é muito conhecida e lida no Brasil”. “Com a realização desta mostra, o Museu segue cumprindo seu papel de valorização da Língua Portuguesa e da nossa melhor expressão literária”, afirma o mesmo responsável.

A mostra, que permanecerá em exibição no saguão do terceiro andar do Museu da Língua Portuguesa até dia 1 de março de 2015, é uma iniciativa do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, e a sua exibição é fruto de uma parceria com o Consulado Geral da República Portuguesa em São Paulo.

Por meio dos 20 painéis ilustrados com textos e fotografias, a exposição no Museu – situado no prédio da Estação da Luz, no Centro de São Paulo – apresenta ao público a trajetória da grande escritora.

–– Agustina Bessa-Luís, uma “neorromancista” ––
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa nasceu no dia 15 de outubro de 1922 em Vila Meã, na cidade de Amarante (Distrito do Porto, norte de Portugal) e tornou-se uma escritora mundialmente conhecida sob o pseudónimo literário de Agustina Bessa-Luís.

Chegou ao Porto para estudos em 1935 e fez breve passagem por Coimbra nos anos 1940, onde viveu até ao lançamento do livro de estreia como romancista, a novela Mundo Fechado em 1948.

Em 1950, Agustina voltou ao Porto onde reside até hoje. O sucesso e o reconhecimento vieram em 1954, com o lançamento do romance A Sibila, que já apresenta toda a maturidade do seu original processo criativo.

Situada pelos críticos como “neorromancista”, Agustina transborda um enorme interesse pelo romancista Camilo Castelo Branco (1825-1890).

Graças ao conjunto de sua obra foi agraciada com inúmeros prémios, entre eles a Medalha de Honra da Cidade do Porto e a Ordem das Artes e das Letras da República Francesa no Grau de Oficial. Em 2004, aos 81 anos, recebeu o Prémio Camões, o mais importante galardão literário da Língua Portuguesa.

Autora de várias dezenas de obras, entre romances, contos, peças teatrais, livros infantis e crónicas, a escritora ainda dedicou o seu tempo a outras atividades, tendo sido diretora de 1990 a 1993 do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.

As obras de Agustina foram traduzidas para o alemão, espanhol, francês, grego, dinamarquês, italiano e romeno. Alguns romances serviram também de inspiração para vários filmes, principalmente do cineasta português Manoel de Oliveira. Entre eles, os filmes Vale Abraão, de 1993, a partir do romance de mesmo nome (publicado em 1991), e o filme O Convento, de 1995, a partir do romance As Terras do Risco (1994).

Agustina Bessa-Luís afastou-se da produção literária por questões de saúde, em 2006, com o lançamento de seu romance A Ronda da Noite.

A romancista faz parte de importantes instituições como a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Europeia de Ciências, das Artes e das Letras, bem como é membro correspondente da Academia Brasileira de Letras.  :::

• Museu da Língua Portuguesa – São Paulo – Brasil:
<http://www.museudalinguaportuguesa.org.br/>

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–– Extraído do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) ––

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Portugal celebra publicação da obra completa de António Vieira

In Língua Portuguesa Internacional,O Mundo de Língua Portuguesa on 6 de Dezembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , ,

Da Agência EFE
2 de dezembro de 2014

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A publicação da obra completa do padre jesuíta Antonio Vieira, filósofo e orador português, foi concluída pela editora Círculo de Leitores e foi comemorada em uma conferência na Universidade de Lisboa.

A extensa coleção de 30 volumes é o resultado de um trabalho conjunto feito por mais de 50 especialistas portugueses e brasileiros.

Antonio Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, salientou a importância da obra de Vieira da história portuguesa: “Ninguém antes dele nem ninguém depois dele ele fez tanto com as palavras e através das palavras. Sem Vieira, não teríamos a Língua que temos”, escreveu ele no prefácio da coleção.

“Nesse difícil século XVII de nossa história, Vieira abriu e difundiu a Língua Portuguesa, fez dela uma cultura, marcou o seu lugar no mundo”, disse.

António Vieira foi uma pessoa influente na política e na sociedade de sua época, no século XVII, tanto em Portugal quanto no Brasil, onde defendeu os direitos dos povos indígenas, com quem conviveu até mesmo devido a suas atividades jesuíticas.

A Companhia de Jesus exerceu grande importância no Brasil, sendo a grande responsável por levar o cristianismo ao país sul-americano, então colónia de Portugal.

Também conhecido como “Paiaçu” (“o grande pai”, em língua tupi), Antonio Vieira escreveu uma série de Sermões que se considera que tiveram uma influência importante para a literatura do Barroco no Brasil, e deixou um legado lusófono reconhecido por personalidades da literatura portuguesa, como José Saramago e Fernando Pessoa, que chegou a chamá-lo de “o imperador da Língua Portuguesa”.

António Vieira nasceu em Lisboa, em 6 de fevereiro de 1608, e viveu como missionário católico, diplomata e orador, entre Portugal e Brasil, onde faleceu na cidade de Salvador, na Bahia, em 18 de julho de 1697.

Da sua extensa obra, destacam-se os Sermões e o seu livro História do Futuro, estreitamente relacionado com o mito do sebastianismo, segundo o qual o rei português D. Sebastião, que morreu aos 24 anos de idade na batalha de Alcácer-Quibir em Marrocos em 1578, voltaria para estabelecer seu reino.  :::

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–– Extraído da Agência EFE ––

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‘Dicionário Global da Língua Portuguesa’ a ser lançado na sede do Camões em Lisboa

In Defesa da Língua Portuguesa,Língua Portuguesa Internacional,Lusofonia e Diversidade on 24 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , , ,

Do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal)
24 de novembro de 2014

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A obra Dicionário Global da Língua Portuguesa – autoexplicativo com exemplos contextualizados, de Jaime Coelho, elaborada para facilitar a aprendizagem de Português Língua Estrangeira, Português Língua Segunda ou Português Língua Não Materna.

A obra de Jaime Coelho será lançada nesta terça-feira, 25 de novembro de 2014, em Lisboa, no Auditório do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.

Com a chancela da Lidel Edições Técnicas e com 55 mil entradas, o Dicionário Global da Língua Portuguesa “tem como principal alvo o público estrangeiro que aprende português”.

Nas palavras de Ana Paula Laborinho, presidente do Camões, trata-se de uma obra “que há muito era esperada e que vem colmatar um vazio injustificável”.

O subtítulo de “autoexplicativo” classifica-o de uma forma adequada, pois todas as palavras usadas ao longo do dicionário aparecem também como entradas e, assim, quando o utilizador se deparar com alguma palavra mais difícil, pode consultá-la no próprio dicionário, sem necessidade de recorrer a outra fonte de informação.

O tratamento das entradas está dividido em várias seções (exemplos – ou provérbios –, locuções, idiomatismos e combinatórias) de forma a ajudar o leitor a encontrar com rapidez o que procura saber. O Dicionário, de caráter internacional, inclui a etimologia de todos os vocábulos e regista os contributos dos diversos países de Língua oficial portuguesa.

“A Língua Portuguesa é das que continuam a crescer nos vários continentes e a ficar cada vez mais rica. Para tal, contribuem todos os países que a têm como Língua oficial. Este dicionário continuará a registar esses contributos”, declarou a presidente do Camões no sítio da Lidel Edições Técnicas.

–– Jaime Coelho, o autor do Dicionário Global ––
O autor do Dicionário, Jaime Coelho, nasceu em Soeima, Distrito de Bragança, em 1936. Entrou na Companhia de Jesus em 1952. Formado em filosofia e teologia, lecionou história, língua e literatura portuguesa no Departamento de Estudos Luso-afro -brasileiros da Universidade Sophia, Tóquio – na época, recém-fundado em 1964.

Publicou em 1998 o Dicionário Universal Japonês-Português em dupla edição. A edição lançada no Japão, com ideogramas japoneses e alfabeto latino, conta já com 11 tiragens em edição de luxo, tendo sido mais recentemente editada em um formato compacto e também em versão eletrónica. A outra edição foi publicada na mesma data em Portugal, com o alfabeto português ou latino, e cuja segunda tiragem é de 2009.

O autor reside atualmente em Tóquio, onde prossegue os seus trabalhos lexicográficos relacionados com a Língua Portuguesa no Japão, na China, na Península Coreana e no Vietname.  :::

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Clique aqui para ver mais detalhes sobre o Dicionário Global da Língua Portuguesa no sítio da Lidel Edições Técnicas (Portugal).

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–– Extraído do sítio do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) ––

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“Há uma linguagem de negócios comum para as sociedades anónimas da CPLP”

In Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 23 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , ,

Da Agência Lusa e do Observatório da Língua Portuguesa
20 de novembro de 2014

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Os países da CPLP partilham uma linguagem de negócios comum que favorece a aproximação económica entre os seus membros, apesar das diferentes normas jurídicas das sociedades empresariais.

As afinidades e divergências no direito das sociedades anónimas de sete países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) são analisadas no livro A Governação das Sociedades Anónimas nos Sistemas Jurídicos Lusófonos, editado pelo Governance Lab, um grupo dedicado à investigação jurídica e à reflexão crítica sobre temas relacionados com o governo das organizações”, apresentado em Maputo no dia 20 de novembro de 2014.

Em entrevista à Lusa, Paulo Câmara, coordenador do Governance Lab, afirmou que o estudo detectou a existência de diferenças nas normas que regulam as sociedades anónimas na CPLP, mas que não prejudicam a existência de uma linguagem comum nos negócios e o potencial de aproximação económica entre os estados membros da organização.

“Se pegarmos nos pontos de convergência, por exemplo, a ideia do direito de informação, de prestação de contas, de direitos dos lucros dos acionistas, bem como a separação entre a administração e a fiscalização, podemos ver que eles traduzem aquilo que eu chamo uma linguagem de negócios comum, que facilita aproximações económicas entre os países”, disse Câmara.

–– A diversidade de normas permite “riqueza de soluções” ––
Para o coordenador do Governance Lab, as parcerias económico-empresariais no espaço da CPLP passam por os agentes económicos conhecerem as diferenças entre os sistemas jurídicos prevalecentes na comunidade e por uma abordagem que olhe para a diversidade de normas como um ativo, e não um entrave.

“O conhecimento dessas diferenças facilita a aproximação económica e o fluxo de negócios entre os países. Não podemos impor a todo o transe uma harmonização e uma convergência de caminho”, destacou Paulo Câmara.

Entre as diferenças no regime jurídico societário, assinalou Câmara, avulta o modelo de governação corporativa seguido pelo Brasil e que é distinto de outros países da CPLP, o progresso de Moçambique na proteção dos acionistas face à sociedade e o modo como é exercida a transparência em cada um dos países.

“Há uma grande riqueza de soluções, embora todos os países tenham os mesmos objetivos: fomentar mais transparência nas empresas, procurar combater o conflito de interesses, procurar que haja escrutínio sobre os atos da administração e procurar aperfeiçoar todos os mecanismos de fiscalização e de responsabilização”, declarou Paulo Câmara.  :::

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–– Extraído da Agência Lusa e do Observatório da Língua Portuguesa ––

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Faleceu o poeta brasileiro Manoel de Barros

In Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 18 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , ,

Da Agência Brasil e do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal)

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Faleceu aos 97 anos, na manhã do dia 13 de novembro de 2014, o poeta brasileiro Manoel de Barros, em Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul.

Manoel Wenceslau Leite de Barros foi também advogado e fazendeiro. Nasceu em Cuiabá, no Beco da Marinha, às margens do rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916. Publicou o seu primeiro livro aos 21 anos, Poemas Concebidos Sem Pecado, em 1937.

Chegou a integrar o Partido Comunista Brasileiro por pouco tempo, mas mostrou-se pouco afeito à política partidária. Assim, desde a década de 1950, conciliava a prática poética com a gestão da fazenda que herdou dos pais, na região do Pantanal Matogrossense.

Sua poesia é conhecida pela linguagem coloquial e por sua inspiração em temas simples do cotidiano. Seu último volume, Escritos em Verbal de Ave, saiu em 2011. Ele era considerado um dos principais poetas da Língua Portuguesa dos tempos recentes.

Em novembro do ano passado, a Editora Leya lançou a obra completa do poeta, sob o título A Biblioteca de Manoel de Barros. São, ao todo, 18 volumes. A edição especial incluiu um poema até então inédito, “A turma” (2013), o último escrito pelo autor. A coleção também trazia os cinco livros infantis escritos pelo poeta.

O perfil do poeta na página eletrónica da Leya Brasil destaca que em 1966 ele ganhou o Prémio de Poesias com “Gramática Expositiva do Chão”. Em 1998, foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura brasileiro, pelo conjunto da obra.

Ao longo da sua carreira de sete décadas, ganhou o Prêmio Jabuti duas vezes, em 1990 e 2002, com as obras O Guardador de Águas (1989) e O Fazedor de Amanhecer (2001). Em 2000, recebeu o Prêmio Academia Brasileira de Letras pelo livro Exercícios de Ser Criança.

Ainda segundo a Editora Leya, Manoel de Barros teve a sua obra publicada em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos. Em 2008, foi tema do documentário Só Dez por Cento É Mentira, de Pedro Cezar.  :::

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–– Extraído da Agência Brasil e do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) ––

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Lançado em Portugal novo livro sobre a investigação e as políticas para a Língua Portuguesa

In Defesa da Língua Portuguesa,Língua Portuguesa Internacional,O Mundo de Língua Portuguesa on 12 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , , ,

Do sítio Local.PT (Portugal) e do Observatório da Língua Portuguesa
11 de novembro de 2014.

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A difusão da Língua Portuguesa no mundo e a relação entre Língua e cultura são temas em foco na obra A Língua Portuguesa, Teoria, Aplicação e Investigação, da professora catedrática jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), Maria Helena Mira Mateus.

O livro, publicado pelas Edições Colibri, foi apresentado no dia 11 de novembro na sede do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em Lisboa.

“Onde estão as marcas da nossa identificação?” Esta é a pergunta central que se desenvolve ao longo do livro. Para respoder a ela, a autora inicia a obra a colocar de forma resumida as posições de filósofos e linguistas que se pronunciaram, em diversas épocas, sobre as relações entre Língua e cultura.

Na segunda parte, são discutidos os dilemas do ensino de Português como Língua Estrangeira, a reconhecer a escola atual como um lugar de diversidade multilinguística e multicultural.

Questões gramaticais do século XVI até ao presente são analisadas na terceira parte. A obra termina com um capítulo que exorta pela necessidade de mas investigações sobre a fonologia da Língua em âmbito internacional.

–– Sobre a professora Maria Helena Mira Mateus ––
A autora Maria Helena Mira Mateus foi presidente da direção do ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional) entre 1985 e 2013. Fundou e presidiu à direção da Associação de Professores de Português e da Associação Portuguesa de Linguística e foi vice-reitora da Universidade de Lisboa.

Suas principais áreas de investigação académica são a linguística portuguesa (fonologia e prosódia) e as políticas de gestão da Língua, e tem inúmeros artigos divulgados por revistas portuguesas e estrangeiras. A professora coordenou em Portugal projetos de apoio ao Ensino do Português a alunos imigrantes.  :::

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–– Extraído do sítio Local.PT (Portugal) e do Observatório da Língua Portuguesa ––

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Livro dos 18 anos da CPLP: por uma Comunidade mais próxima dos cidadãos

In Defesa da Língua Portuguesa,Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 8 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , , , ,

Das Agências Lusa e AngolaPress
6 de novembro de 2014

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:::  Para Murargy, o bloco lusófono não pode resumir-se à Língua Portuguesa, à união política e à diplomacia e “há outras potencialidades” a explorar.  :::

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Na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa, ocorreu no dia 6 de novembro de 2014 a apresentação do livro Os Desafios do Futuro – 18 Anos da CPLP.

O secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, considerou que um dos principais desafios da organização no futuro é aproximar-se dos cidadãos e definir “novos espaços de atuação”, como a cooperação empresarial.

“Estamos num grande processo de reflexão sobre qual deve ser o papel da CPLP no futuro, sobretudo uma CPLP que se aproxime cada vez mais do cidadão. Esse é o ponto central”, considerou o responsável.

Murargy afirmou que os nove Estados-membros estão empenhados no reforço dos objetivos estratégicos definidos na fundação da organização, “como a área político-diplomática, a cooperação e a promoção e defesa da Língua Portuguesa”.

Porém, segundo o secretário-executivo, o bloco lusófono “não pode apenas confinar-se à Língua [Portuguesa] e à concertação político-diplomática” e “há outras potencialidades” a explorar.

Ele afirmou que há ainda que encontrar “novos espaços de atuação, como a cooperação empresarial, o reforço do potencial económico da Língua Portuguesa, a criação de redes de conhecimento e a formação de recursos humanos qualificados para intervirem no crescimento económico e no desenvolvimento social”.

–– Avanços na segurança alimentar ––
Na cerimónia de apresentação do livro, o moçambicano Hélder Muteia, representante da FAO (Organização para a Alimentação e a Agricultura, das Nações Unidas) junto da CPLP, recordou que, há dois anos, estimava-se que 28 milhões de pessoas passavam fome nos países lusófonos.

Desde então, registaram-se “progressos significativos” em todos os Estados, à exceção da Guiné-Bissau, o que justificou com os dois anos de governo de transição, entre 2012 e o início do verão deste ano, na sequência de um golpe de Estado.

O diretor da Cooperação da CPLP, o português Manuel Lapão, afirmou que em fevereiro de 2013 a organização mobilizou um valor histórico para esta área: 10 milhões de euros.

No futuro, acrescentou, a cooperação será reforçada tanto na segurança alimentar quanto em outras áreas, como energia, políticas para a juventude, promoção da participação civil e direitos humanos.

–– Livro e aplicativo móvel dos 18 anos da CPLP ––
O livro Os Desafios do Futuro – 18 Anos da CPLP inclui depoimentos de várias figuras políticas do mundo lusófono e retrata os principais momentos da história da Comunidade.

A organização apresentou uma aplicação para dispositivos móveis – CPLP 18 Anos – que permite aceder a informações adicionais que não constam do livro, como vídeos.

Na sessão de lançamento em Lisboa, marcaram presença o antigo secretário-executivo da CPLP e atual primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, os antigos ministros dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, Luís Amado e António Monteiro, e o ex-ministro da Justiça português António de Almeida Santos.

–– “A CPLP necessita de se abrir ao mundo exterior” ––
Luís Amado, antigo chefe da diplomacia portuguesa no governo liderado por José Sócrates (de 2005 a 2011), disse ser importante que “a CPLP faça leitura do contexto, uma vez que o mundo não tem nada a ver com a realidade de há 18 anos”.

“A CPLP se fundou de uma ideia de solidariedade interna, mas, hoje, tem a necessidade de se abrir ao mundo exterior”, acrescentou, para pedir “maior convergência na ação multilateral internacional e uma interação entre empresas, numa realidade que vai projetar mais direitos aos seus cidadãos, ao exemplo da União Europeia”.  :::

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–– Extraído das Agências Lusa e AngolaPress ––

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Brasil: Feira do Livro de Porto Alegre chega à 60ª edição

In Língua Portuguesa Internacional,O Mundo de Língua Portuguesa on 31 de Outubro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , ,

Do Portal Brasil, da Agência Lusa e da Agência RBS (Porto Alegre, Brasil)
31 de outubro de 2014

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Realizada de forma ininterrupta há 60 anos, a Feira do Livro de Porto Alegre é hoje um dos maiores eventos culturais do sul do Brasil. Oferece obras de todos os gêneros e também promove centenas de atividades gratuitas para públicos de todas as faixas etárias por meio da programação cultural, envolvendo escritores, ilustradores, mediadores da leitura e contadores de histórias, entre outros convidados de âmbito nacional e internacional.

A Feira do Livro da capital gaúcha é a maior do gênero a céu aberto na América Latina e já acolheu nomes importantes das letras lusas, como Valter Hugo Mãe e Francisco José Viegas. Neste ano, a presença literária portuguesa em Porto Alegre reúne o autor contemporâneo Gonçalo M. Tavares, autor de Jerusalém (2004), e o escritor, músico e ator Nuno Camarneiro, que fará sessão de autógrafos do livro Debaixo de Algum Céu (2012).

O certame também receberá outros autores internacionais, como o espanhol Javier Moro, o israelense Nir Baram e o mexicano Francisco Martín Moreno.

O Canadá é o país homenageado na 60ª edição do evento e será representado por oito escritores, como a jornalista investigativa Isabel Vincent, do jornal norte-americano The New York Post, e a escritora de Montreal, Claire Varin, importante pesquisadora no estrangeiro sobre a obra de Clarice Lispector.

A Área Internacional, um dos pontos altos da Feira e que reúne o maior acervo multilíngue do Estado, voltou a ser instalada em frente ao Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). Entre as novidades na estrutura, estão a nova praça de alimentação e o retorno da Sala das Nações, local reservado para eventos de países participantes e aulas sobre culturas estrangeiras.

–– “A livraria ao povo”: 60 anos da Feira do Livro de Porto Alegre ––
A Feira do Livro de Porto Alegre foi idealizada pela jornalista Say Marques e realizada pela primeira vez em 1955 com a ideia de popularizar e facilitar o acesso da população à produção literária. “Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo”: esta era a divisa da primeira edição do evento.

Ao longo dos anos, as primeiras 14 barracas de madeiras com os livros foram sendo substituídas por estandes e uma programação cultural com participação de autores nacionais e estrangeiros, além do atendimento ao público em geral nas diferentes faixas etárias.

Em 2005, a Feira do Livro de Porto Alegre foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul e, em 2010, ganhou o título de Patrimônio Imaterial da Cidade de Porto Alegre pela Secretaria Municipal de Cultura.

A edição deste ano acontece de 31 de outubro a 16 de novembro, na Praça da Alfândega, no centro histórico da capital gaúcha. A feira contará com 127 expositores espalhados nos 8 mil metros quadrados de área coberta, com uma programação especial para adultos – serão 130 mesas-redondas, 28 oficinas e cerca de 70 apresentações artísticas – e mais de 350 atividades para crianças e adolescentes.

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Clique aqui para acessar a programação completa da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre – Porto Alegre, Brasil.

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–– Extraído do Portal Brasil, da Agência Lusa e da Agência RBS (Porto Alegre, Brasil) ––

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Lançada primeira tradução direta de ‘Os Lusíadas’ em russo

In O Mundo de Língua Portuguesa on 19 de Outubro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , ,

Da RTP e do jornal digital Observador (Portugal)
17 de outubro de 2014

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Três coisas em comum ligam o maior poeta da Língua Portuguesa a um tradutor russo de meados do século XX, os nomes de Luís de Camões e de Mikhail Travtchetov. Ambos tiveram morte trágica. O trabalho poético de ambos quase perdeu-se para sempre. E esse trabalho trata-se da maior obra da Língua Portuguesa: Os Lusíadas.

Foram 70 anos de espera. A primeira tradução poética direta de Os Lusíadas do português para o russo foi feita em 1940, mas somente agora, em outubro de 2014, foi publicada. O público russo costumava ler Camões a partir de traduções do francês desde o século XVIII até por volta da década de 1980.

Na década de 1930, Mikhail Travtchetov, um poeta e tradutor de Leninegrado (atual São Petersburgo) dedicou-se à tradução em versos para o russo do grande obra-prima da Língua Portuguesa.

Os trabalhos de tradução de Os Lusíadas por Travtchetov levaram dez anos a ser feita e, em 1940, estava pronta para ser publicada. Porém, ocorreu o cerco da Alemanha nazista a Leninegrado durante a Segunda Guerra Mundial. Mikhail Travtchetov morreu em dezembro de 1941.

Após o fim da guerra, a irmã de Travtchetov, Sofia Dubrovskaia, com quem ficou a guarda da obra de tradução, tentou, por duas décadas, mas sem sucesso, a publicação do texto traduzido do grande poema – que fora heroicamente salvo por Camões após sofrer naufrágio no Delta do Mecong. Porém, assim como Travtchetov, Camões faleceu em 1580, pobre e esquecido pelo povo que ele exaltou.

–– Tradução só foi descoberta em 2011 ––
Em 2011, a Editora da Biblioteca de Línguas Estrangeiras de Moscovo, descobriu o manuscrito da tradução. Por iniciativa do diplomata português Rui Baceira, os bibliógrafos pesquisaram os manuscritos pelos arquivos de Moscovo até encontrarem os originais da tradução.

As pesquisas foram resultado de colaboração intensa entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, a Embaixada da República Portuguesa em Moscovo e o Centro de Língua e Cultura Portuguesa de Moscovo.

“Inicialmente, vimos uma tradução com omissões, onde faltavam cantos inteiros. Senti que o autor estava a seguir, encantado, a linha central da narração”, disse Yuri Fridshtein, um dos bibliógrafos que participaram da investigação.

“Vai muito além do domínio cultural. Um russo que conhece a obra que representa a essência do que é ser português nunca mais vai olhar para Portugal com os mesmos olhos”, disse o presidente do Centro de Língua e Cultura Portuguesa de Moscovo, Stanislav Micos.

Em 16 de outubro de 2014, a cerimónia de lançamento da tradução pioneira de Travtchetov teve lugar na sala da Biblioteca de Línguas Estrangeiras de Moscovo, lotada de estudantes jovens.

A tradução de Mikhail Travtchetov foi a pioneira, mas não é a única tradução integral direta do português para o russo de Os Lusíadas. A primeira edição direta de Os Lusíadas – com a tradução feita por Olga Ovtcherenko – foi publicada na década de 1980, ainda durante os anos da União Soviética.  :::

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Clique aqui para ver a reportagem da rede de televisão RTP sobre a publicação em Moscovo de Os Lusíadas traduzida para o russo por Mikhail Travtchetov.

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–– Extraído da RTP e do jornal digital Observador (Portugal) ––

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Lançada coletânea de contos de dez escritores de Angola

In Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 16 de Outubro de 2014 por ronsoar Tagged: , , ,

Da Agência Lusa

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A coletânea de contos de dez autores angolanos intitulada Balada dos Homens que Sonham foi lançada em Luanda no último dia 9 de outubro com o objetivo de promover a nível internacional a literatura de Angola.

A iniciativa é uma parceria entre a União dos Escritores Angolanos e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, através do Centro Cultural Português em Luanda.

A obra reúne contos literários em prosa de António Fonseca, Carmo Neto, E. Bonavena, Eduardo Bettencourt Pinto, Frederico Ningi, João Tala, José Eduardo Agualusa, José Luís Mendonça, Timóteo Ulika e Zetho Cunha Gonçalves.

Os autores escolhidos, segundo nota de imprensa do Centro Cultural Português do Camões enviada à Agência Lusa, têm obras publicadas entre 1980 e 2010.

“Na base da seleção dos autores e dos contos, estiveram considerações ligadas à forma de abordagem, ao contexto e realidade, bem como à consciência coletiva e às escolhas estéticas e temáticas de Angola e dos angolanos”, salienta a nota.  :::

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–– Extraído da Agência Lusa ––

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Brasil: vocabulário reúne 170 mil palavras da Língua Portuguesa da Idade Média

In Língua Portuguesa Internacional,O Mundo de Língua Portuguesa on 14 de Outubro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , ,

Do Portal Brasil (Brasília, Brasil)
13 de outubro de 2014

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:::  Material organizado pela Fundação Casa de Rui Barbosa será distribuído em bibliotecas e universidades de diversos países.  :::

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A Fundação Casa de Rui Barbosa (sediada no Rio de Janeiro) lançou um vocabulário a listar palavras da Língua Portuguesa usadas na Idade Média e a relacioná-las com suas correspondentes atuais.

O Vocabulário do Português Medieval demorou 35 anos para ser preparado e publicado. A obra conta com 170 mil verbetes usados em documentos de Portugal e da região da Galiza (no noroeste da Espanha) entre os séculos XIII e XV.

O trabalho começou em 1979, com o lexicógrafo Antônio Geraldo da Cunha, do Setor de Filologia da Casa de Rui Barbosa, instituição vinculada ao Ministério da Cultura do Brasil.

“Ele arrebanhou uma quantidade de manuscritos de uma Língua falada entre a Galiza e Portugal. Com esse repertório, é possível retratar o processo de consolidação da Língua Portuguesa”, disse o diretor do Centro de Pesquisas da Casa de Rui Barbosa, José Almino de Alencar.

“Entre o latim romano e o português, a Língua atravessou uma grande história. É um dos momentos dessa história desconhecida que está retratado no Vocabulário“, completou o diretor.

–– Três décadas de espera até a primeira compilação impressa ––
Além do desafio de recolher os vocábulos em documentos antigos – trabalho que levou alguns anos –, os pesquisadores tiveram dificuldade para levá-lo ao público.

A primeira tentativa foi em 1984, quando os pesquisadores publicaram um fascículo-amostra na tentativa de conseguir patrocínio. Sem sucesso, houve uma adaptação da obra, publicada, em partes, entre 1986 e 1994.

Em 1999, todo o acervo de pesquisa foi digitalizado, o que possibilitou a publicação do material no ano seguinte, como um CD-ROM (disco multimídia usado em computadores). Uma atualização, ainda em CD-ROM, foi publicada em 2007. Somente sete anos depois, foi publicado o Vocabulário do Português Medieval, em dois volumes e com mil exemplares.

O material será distribuído em bibliotecas e universidades do Brasil, de Portugal, da Espanha, da França, da Alemanha e dos Estados Unidos da América.

“Não tínhamos nada publicado com essa densidade [sobre a origem da nossa Língua]. Esperamos que a obra seja um ponto de demarcação para estudiosos da nossa Língua e também de inspiração para outros países se debruçarem sobre suas próprias”, ressaltou a ministra da Cultura do Brasil, Marta Suplicy, presente à solenidade de lançamento ocorrida no Rio de Janeiro na sexta-feira, dia 10 de outubro de 2014.  :::

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–– Extraído do Portal Brasil (Brasília, Brasil) ––