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Cada vez mais países querem juntar-se à CPLP como membros observadores

In Defesa da Língua Portuguesa, Língua Portuguesa Internacional on 15 de Maio de 2014 by ronsoar Tagged: , , , , ,

Da Agência Lusa

A Turquia e o Marrocos são dois dos países que já manifestaram a vontade de ter o estatuto de país observador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse à Agência Lusa o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, Luís Campos Ferreira.

“O Japão já manifestou interesse em adquirir o estatuto de país observador da CPLP, à semelhança do que já fizeram países como a Namíbia, Marrocos, a Suazilândia ou a Turquia”, disse Luís Campos Ferreira em declarações à Lusa à margem da apresentação da Consumare – organização dos direitos dos consumidores dos países lusófonos, que decorreu no último dia 6 de maio em Lisboa.

“O prestígio do mundo lusófono fica bem patente pela progressiva importância da CPLP, como fica demonstrado pelo número de países que já têm o estatuto de observadores associados, como é o caso da Guiné Equatorial, do Senegal e das Ilhas Maurícias, e de outros que pretendem adquirir esse mesmo estatuto, nomeadamente, a Namíbia, Marrocos, a Suazilândia ou a Turquia e também o Japão”, disse o governante.

Questionado sobre se a inclusão de países que não falam português não desvirtua a CPLP, Campos Ferreira sublinhou que “o estatuto de observador não exige que falem português, ao contrário do estatuto de pleno direito”.

Sobre o caso da Guiné Equatorial, que deverá ver confirmada na Cimeira de julho, em Díli, a sua entrada como membro de pleno direito, no seguimento da introdução de uma moratória sobre a pena de morte e a adoção do português como Língua oficial, o governante afirmou que “o objetivo é que o Ensino do Português se torne uma realidade substancial nos próximos anos”, mas vincou que “o português já é Língua oficial na Guiné Equatorial desde 2011”.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Mapa-múndi com os países membros e com os países e regiões em vias de se tornarem observadores da CPLP: sinal de prestígio da Lusofonia no mundo. 

Mapa-múndi com os países membros e com os países e regiões em vias de se tornarem observadores da CPLP: sinal de prestígio da Lusofonia no mundo.
 

–– A Índia tem interesse em juntar-se à CPLP ––

Constantino Xavier afirma que a Índia quer aproveitar o longo legado cultural e histórico para juntar-se à CPLP.

Constantino Xavier afirma que a Índia quer aproveitar o longo legado cultural e histórico para juntar-se à CPLP.

O diretor-executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), o brasileiro Gilvan Muller de Oliveira, declarou, durante a Reunião do Conselho Científico do IILP na Cidade da Praia, que o interesse da Índia em aderir à CPLP mostra o amadurecimento, a importância e o crescimento que o bloco vai tendo internacionalmente. “É um termómetro para este crescimento. Isso para nós é uma grande felicidade.”

O secretário-executivo da CPLP, o moçambicano Murade Murargy, na mesma ocasião, disse que a expansão da CPLP será uma forma de os oito Estados-membros da comunidade terem mais influência nesses países, em divulgar a Língua Portuguesa e os valores culturais.

O investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, Constantino Xavier, defendeu que a Índia tem “interesse” em aderir à CPLP e que pretende aproveitar o longo legado histórico e linguístico para juntar-se ao bloco lusófono. O investigador declarou que está confiante relativamente na formalização de um pedido de adesão.

“Os indianos têm praticamente aproveitado, e procurado entrar, em qualquer organização multilateral de significância. Tem procurado ser observadores no maior número de instituições, e portanto, parece-me que é daí que vem esse interesse”, disse Constantino Xavier à Agência Lusa.

“São todos países que, por uma razão ou outra, são acima de tudo importantes para os interesses económicos indianos, dos recursos energéticos ao comércio, mas também em questões de segurança no Oceano Índico”, exemplificou o investigador.

O estatuto de observador da CPLP foi criado na II Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que aconteceu na Cidade da Praia, em julho de 1998.

Os observadores associados beneficiarão dessa qualidade a título permanente e poderão participar, embora sem direito a voto, nas Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo, bem como no Conselho de Ministros.

Guiné Equatorial, Senegal e Ilhas Maurícias são, neste momento, os três observadores associados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.  :::

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–– Extraído da Agência Lusa ––

Uma resposta to “Cada vez mais países querem juntar-se à CPLP como membros observadores”

  1. Poderia se incluir na cplp tambem Israel pelo grande legado deixado para o mundo lusofono, quando oprimidos pela inquisicao catolica deixaram portugal e partiram para as colonias em busca de uma vida melhor e ajudaram a formar os paises lusofonos atuais.

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