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Livro dos 18 anos da CPLP: por uma Comunidade mais próxima dos cidadãos

In Defesa da Língua Portuguesa,Lusofonia e Diversidade,O Mundo de Língua Portuguesa on 8 de Novembro de 2014 por ronsoar Tagged: , , , , , , ,

Das Agências Lusa e AngolaPress
6 de novembro de 2014

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:::  Para Murargy, o bloco lusófono não pode resumir-se à Língua Portuguesa, à união política e à diplomacia e “há outras potencialidades” a explorar.  :::

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Na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Palácio Conde de Penafiel, em Lisboa, ocorreu no dia 6 de novembro de 2014 a apresentação do livro Os Desafios do Futuro – 18 Anos da CPLP.

O secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, considerou que um dos principais desafios da organização no futuro é aproximar-se dos cidadãos e definir “novos espaços de atuação”, como a cooperação empresarial.

“Estamos num grande processo de reflexão sobre qual deve ser o papel da CPLP no futuro, sobretudo uma CPLP que se aproxime cada vez mais do cidadão. Esse é o ponto central”, considerou o responsável.

Murargy afirmou que os nove Estados-membros estão empenhados no reforço dos objetivos estratégicos definidos na fundação da organização, “como a área político-diplomática, a cooperação e a promoção e defesa da Língua Portuguesa”.

Porém, segundo o secretário-executivo, o bloco lusófono “não pode apenas confinar-se à Língua [Portuguesa] e à concertação político-diplomática” e “há outras potencialidades” a explorar.

Ele afirmou que há ainda que encontrar “novos espaços de atuação, como a cooperação empresarial, o reforço do potencial económico da Língua Portuguesa, a criação de redes de conhecimento e a formação de recursos humanos qualificados para intervirem no crescimento económico e no desenvolvimento social”.

–– Avanços na segurança alimentar ––
Na cerimónia de apresentação do livro, o moçambicano Hélder Muteia, representante da FAO (Organização para a Alimentação e a Agricultura, das Nações Unidas) junto da CPLP, recordou que, há dois anos, estimava-se que 28 milhões de pessoas passavam fome nos países lusófonos.

Desde então, registaram-se “progressos significativos” em todos os Estados, à exceção da Guiné-Bissau, o que justificou com os dois anos de governo de transição, entre 2012 e o início do verão deste ano, na sequência de um golpe de Estado.

O diretor da Cooperação da CPLP, o português Manuel Lapão, afirmou que em fevereiro de 2013 a organização mobilizou um valor histórico para esta área: 10 milhões de euros.

No futuro, acrescentou, a cooperação será reforçada tanto na segurança alimentar quanto em outras áreas, como energia, políticas para a juventude, promoção da participação civil e direitos humanos.

–– Livro e aplicativo móvel dos 18 anos da CPLP ––
O livro Os Desafios do Futuro – 18 Anos da CPLP inclui depoimentos de várias figuras políticas do mundo lusófono e retrata os principais momentos da história da Comunidade.

A organização apresentou uma aplicação para dispositivos móveis – CPLP 18 Anos – que permite aceder a informações adicionais que não constam do livro, como vídeos.

Na sessão de lançamento em Lisboa, marcaram presença o antigo secretário-executivo da CPLP e atual primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, os antigos ministros dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, Luís Amado e António Monteiro, e o ex-ministro da Justiça português António de Almeida Santos.

–– “A CPLP necessita de se abrir ao mundo exterior” ––
Luís Amado, antigo chefe da diplomacia portuguesa no governo liderado por José Sócrates (de 2005 a 2011), disse ser importante que “a CPLP faça leitura do contexto, uma vez que o mundo não tem nada a ver com a realidade de há 18 anos”.

“A CPLP se fundou de uma ideia de solidariedade interna, mas, hoje, tem a necessidade de se abrir ao mundo exterior”, acrescentou, para pedir “maior convergência na ação multilateral internacional e uma interação entre empresas, numa realidade que vai projetar mais direitos aos seus cidadãos, ao exemplo da União Europeia”.  :::

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–– Extraído das Agências Lusa e AngolaPress ––